sábado, 2 de julho de 2011


Vídeo produzido pela equipe do blog com a seguinte temática:

EDUCAÇÃO AMBIENTAL :

NÃO COMPRE ESSA IDEIA.
DIVIRTA-SE!

domingo, 1 de maio de 2011

CINEMA E EDUCAÇÃO

INTRODUÇÃO

O cinema utilizado no processo de ensino e aprendizagem

 
O cinema na atualidade é diversão, é um momento no qual podemos assimilar a realidade vivida e mergulhar nas telas como possibilidade de prazer, bem-estar e alivio das tensões, sendo também uma janela para conhecer um pouco os universos alheios. Apresentá-lo como proposta de Educação, por motivar a criação de ‘valores éticos e juízos de gosto’, é a intenção do blog.

Todos podem se espelhar em exemplos do cinema para descobrir maneiras de aprender e ensinar melhor. Sem deixar de se divertir nem se emocionar.

Quando a sétima arte retrata processos de aprendizado bem-sucedidos, é capaz de despertar o espírito crítico da sociedade. As pessoas acabam repensando o sistema educacional, já que nem sempre têm paciência para ouvir discursos teóricos de especialistas. O cinema faz com que a gente tenha um 'olho privilegiado' e consigamos entrever coisas invisíveis em certas situações.




“É comum alguns educadores denominarem “educativo” apenas os filmes cuja temática tem relação direta com os conteúdos e capacidades desenvolvidas no contexto escolar, considerando importante que tenham intenções formativas e didáticas bem definidas. Também é comum a utilização do termo “filme educativo” relacionado a filmes instrucionais, que tem a finalidade de assessorar ou suprir parcial ou totalmente a função desempenhada pelo professor. Essas duas situações constituem um reducionismo que limita a utilização do cinema como instrumento didático-pedagógico. Qualquer filme retrata o pensamento e a criação humana em um determinado modelo social e momento histórico, e, portanto, educa a quem o assiste, gerando uma reflexão e uma impressão sobre o mundo.”

Estimular a apropriação, numa perspectiva que nos leva a pensar as linguagens imagéticas, do patrimônio cultural da humanidade e também re-pensar a “indústria cultural” é promover uma visão ampla de individuo e sociedades.



Que o cinema seja “instrumento do humanismo” e não da massificação e exploração cultural pela indústria. “Se de um lado, a indústria cultural especula inegavelmente sobre o estado de consciência e de inconsciência de milhões de pessoas a que se dirige, por outro lado, as massas não são os elementos primários, mas um fator secundário, compreendido no cálculo: um apêndice do mecanismo. O consumidor não é, como a indústria cultural gostaria de fazer acreditar, o soberano, o sujeito desta indústria cultural, mas antes o seu objeto.” (Theodor W. Adorno – Résumé sobre Indústria Cultural).

     
                                                  
O filme Legalmente Loira contesta o estereótipo da 'patricinha loira e burra', quando ela chega à Harvard e faz o público enxergar que o importante é o esforço pessoal. Clássico, cult ou popular, é sempre você quem decide. 

OBJETIVOS

Desmistificar o cinema como mero entretenimento descompromissado considerando-o como processo educativo de intervenção social.

QUESTÃO:

O cinema pode contribuir para a formação de indivíduos autônomos, no exercício da cidadania, como ferramenta de ensino - aprendizagem?





A indústria cinematográfica, sempre foi considerada um poderoso instrumento de educação e instrução, no entanto a relação entre cinema e conhecimento, vai além do campo da educação formal. Proporcionando uma educação pela cultura, fundamentada na tecnologia – áudio visual.

A utilização da sétima arte na educação e seus aparatos tecnológicos consegue nos transportar as outras épocas, nas quais podemos visualizar a vida social e política de cada região, país ou continente, no espaço e tempo que se quer propor, através do figurino amplamente explorado, do comportamento, da maneira de se expressar, dos costumes e hábitos de um povo ou de uma civilização.

A possibilidade de explorar o imaginário do aluno deve ser bem aproveitada pelo professor, haja vista que no cinema, o conhecimento se revela através das imagens; considerando o conteúdo, conhecimentos e saberes, inseridos no contexto dos filmes selecionados.

CONCLUSÃO

O cinema, pelo viés educativo como possibilidade de re-criar a nossa realidade, mas não numa fuga dela, mas de um mundo despido das linguagens sutis e aparentes, numa arte que promova um entendimento daquilo que é humano, que é vivo, que sensibiliza para uma visão de humanidade e não encubra a barbárie social.

Educar é um ato de amor para com aqueles que buscam essa autonomia no exercício da cidadania, negar esse movimento de busca talvez fosse negar aquilo que nos torna humanos. Percebemos que a intervenção é delicada, é um processo lento de tolerância, paciência conosco e nosso entorno existencial. Mas, acreditamos que reeducando (desmistificando) o nosso olhar é o principal neste processo.

Conscientes e sem ingenuidade da dificuldade de intervir em políticas pré-estabelecidas e ratificadas socialmente; transcende metodologias e projetos objetivos atuando na mudança da própria postura, dando espaço a novas sensações.

A proposta assume um caráter de intervenção social, de reforma que vai além de algo institucional ou ligado a políticas externas as nossas subjetividades e trabalha no âmbito de transformação pessoal e mudança de atitude, através da experimentação da consciência sobre os sentidos produzidos em nossa existência.



DENTRE ALGUMAS INDICAÇÕES CINEMATOGRÁFICAS QUE PODEM SER DE GRANDE APOIO EDUCACIONAL (INSERIDAS E  TRABALHADAS EM SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS, PLANOS DE AULA E AVALIAÇÕES COM ABORDAGENS SIGNIFICATIVAS, INCLUÍNDO DIVERSOS TEMAS TRANSVERSAIS), DESTACAM-SE OS SEGUINTES FILMES:





"Entre os muros da escola"




"Vermelho como o céu"




Ensina-me a Viver




Escritores da Liberdade





Meu mestre, minha vida




Sociedade dos poetas mortos




Pro dia nascer feliz




Narradores de Javé




Prova de Fogo

                                     


REFERÊNCIAS

ADORNO, Theodor W. Résumé sobre Indústria Cultural. Originalmente este ensaio “Resumé uber Kulturindustrie” foi uma conferência radiofônica pronunciada por Adorno na Internationalen Rundfunkuniversitat dês Hessischen Rundfunk de Frankfurt, de 28 de março a 4 de Abril de 1963.
MERTEN, Luiz Carlos. Cinema: entre a realidade e o artifício. Porto Alegre, RS: Artes e Ofícios. 2005.
INFOESCOLA: navegando e aprendendo. Disponível em: <http://www.infoescola.com/pedagogia/relacao-entre-cinema-e-educacao/> Acesso em: 25 de abril de 2011.